Terremotos no Japão podem ser superados com novas tecnologias

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Só no ano de 2011, o Japão foi atingido por um terremoto e um tsunami, este primeiro deixando mais de 22 mil mortos. Já em 1923, foram mais de 140 mil pessoas mortas durante e depois do abalo sísmico de Kanto. Para além das duas ocorrências, o país tem um histórico de terremotos e resolveu aprender com o passado para se proteger de futuras ocorrências. A capital, Tóquio, é um exemplo de como a arquitetura se tornou resiliente, com prédios com tecnologias que absorvem o impacto.

Arquitetura para minimizar impacto dos terremotos

A Toranomon Hills Mori Tower, um prédio de 54 andares localizado no distrito de Roppongi, em Tóquio, é um exemplo de como a arquitetura evoluiu para minimizar os impactos dos terremotos. Hoje, o edifício abriga apartamentos de luxo, lojas e escritórios de empresas renomadas, como Google e Pokémon Company, e precisou achar uma forma de se proteger. Segundo o site Euronews, o prédio possuiu uma tecnologia que envolve um sistema antivibração sísmico que controla o movimento da construção durante os tremores. Outra, de acordo com o arquiteto do edifício, Kai Toyama, é o uso de 516 amortecedores a óleo, que esticam e encolhem conforme os tremores acontecem. Isso faz com que eles absorvam a energia dos terremotos, a transformem em calor e liberem durante a ocorrência.

Hábitos da população

Não só a arquitetura mudou, mas os hábitos da população japonesa também.

Takashi Hosoda, gerente sênior do escritório de emergência em desastres do Edifício Mori, um prédio na cidade, contou ao site que, em 2011, as pessoas ficaram presas no local após o terremoto. Agora, a estrutura do estabelecimento está preparada para eventualmente acomodar essas pessoas.

Ainda, o Edifício Mori tem um espaço reservado para estocar suprimentos de emergência, como produtos sanitários, alimentos não perecíveis e lençóis.

Isso é uma prática comum entre pessoas no Japão, sendo feito até por empresas e governos locais. De acordo com o Euronews, são cerca de 400 armazéns desse tipo somente em Tóquio.

Ainda no há riscos

Apesar da população japonesa ter feito avanços para se prevenir das consequências de terremotos e outros abalos sísmicos, ainda há preocupações. As casas tradicionais de madeira, por exemplo, são um dos motivos para isso. Estima-se que em alguns bairros, como o de Arakawa, esse tipo de construção represente 60% dos estabelecimentos do local. O problema não é necessariamente o material – apesar de ele ser inflamável e representar um risco -, mas sim que as casas são antigas e tradicionais e, por isso, não passaram por atualizações de segurança. Para contornar isso, o governo local adota medidas para minimizar impactos, como instalar reservas de água e poços de emergência no bairro.

Terremotos no Japão

No entanto, essas medidas não previnem que Tóquio ou outras cidades do Japão estejam menos suscetíveis a abalos sísmicos, mas diminuem as consequências deles.

Isso vem em um cenário em que especialistas estimam que há 70% de chance de um grande terremoto atingir Tóquio nos próximos 30 anos.

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