Quais são os mitos e verdades sobre concursos públicos
Será que esse negócio de concurso público é para mim?
Quais são os mitos e verdades sobre concursos públicos?
De antemão, ter as respostas para essas perguntas é essencial para tomar uma decisão tão importante e que pode afetar tanto a sua vida.
Mas, há diversos mitos e verdades sobre concursos públicos.
Por isso, você deve estar atento a eles.
Assim, evitará cair em uma furada ou fazer uma escolha com base em opiniões ou afirmações que não necessariamente são verdades.
Para isso, o professor da Folha Cursos, Marco Ferrari, destacou alguns mitos e verdades sobre concursos públicos no primeiro episódio do seu programa “Desafio Aprender” no canal do youtube da Folha Dirigida.
Você pode tanto assistir a live – que ficou gravada – quanto ler os principais tópicos discutidos aqui, ok?
Quais são as verdades sobre concursos públicos?
Sabe quando você precisa da Polícia Federal para tirar o passaporte?
Ou quando tem atendimento médico através do Sistema Público de Saúde (SUS).
Em geral, as pessoas que prestam atendimento nesses locais são servidores públicos.
Eles compõem a enorme estrutura da Administração Pública.
Dessa forma, eles se tornaram funcionários públicos conquistando a aprovação através de um concurso público.
O concurso público nada mais é do que uma seleção para um determinado cargo público.
É a forma de ingressar no serviço público.
O concurso geralmente é dividido em diversas etapas.
Elas podem variar entre prova de múltipla escolha, prova discursiva, redação, análise de títulos, teste da aptidão física, investigação social, teste psicológico, entre outras.
Algumas verdades sobre o que é concurso público são:
Estabilidade
Primeiramente, a estabilidade é realmente uma das maiores vantagens do concurso público.
Porém, ela não funciona do jeito que a maior parte das pessoas pensam.
Ou seja, caso não mostre produtividade, o servidor público pode sim ser demitido de suas funções.
São casos raros, mas não impossíveis.
Mas uma coisa é certa: a estabilidade proporciona mais tranquilidade para tomar decisões e pensar no futuro.
Por exemplo, dentro do serviço público, em uma crise como a do Coronavírus, o servidor público não tem a possibilidade de ser demitido do seu emprego, como vem acontecendo com diversas pessoas no setor privado.
Forma de provimento: concurso
Conforme explicamos acima, é verdade que a forma de provimento dos concursos é através de provas.
Essas provas podem ser objetivas, discursivas, podem ter etapas que envolvam o Teste de Aptidão Física (TAF), dentre diversas outras formas de avaliação.
Também é fato que a Administração Pública depende dos mais diversos profissionais.
Em outras palavras, é muito difícil que não tenha uma posição do seu agrado ou com que você se identifique.
Às vezes, vemos muitas notícias sobre concursos mais famosos, como das áreas policiais e de tribunais.
Pode parecer que só existem seleções para esses tipos de cargos.
Pelo contrário!
O que acontece é que esses concursos acabam ganhando mais destaques nos noticiários por terem muitas vagas e procura.
Existe também uma diversidade de cargos que também são noticiados.
No site da Folha Dirigida, você consegue encontrar notícias também sobre essas seleções.
Muitas vezes, é uma questão de pesquisar uma posição que você sonha dentro do serviço público.
Provavelmente ela existe e você ainda nem sabe!
Se este é o seu caso, foque em:
- Pesquisar as áreas dentro das suas vontades e possibilidades
- Escolher uma área
- Preparar-se para essa área
E se você optar por mais de uma área? Nesses casos, o professor Marco recomenda saber diferenciar focar de priorizar.
Por exemplo, se você estuda para um concurso de polícia, é bom ter mais foco em uma seleção específica.
Mas na experiência dele e do que observa nos seus alunos, na prática, o que acontece é que a aprovação acaba vindo em mais de um concurso.
Condição salarial
Também é verdade que uma das grandes vantagens dos concursos públicos é a remuneração.
Além do trabalho cotidiano, o esforço nos estudos é recompensado devido ao salário que o servidor público recebe.
Afinal, muitas vezes os servidores públicos recebem mais do que os funcionários de uma empresa privada para executar funções parecidas, ou até iguais.
Outra vantagem diante da iniciativa privada é a contratação. Muitos concursos públicos não exigem experiência anterior na área.
Se, ao procurar emprego você se depara com vagas que requisitam a experiência, mas não consegue ter essa experiência justamente porque não consegue ter um emprego, em concursos públicos, isto não será problema.
Quais são os mitos sobre concursos públicos?
Assim como acontece com informações mais conhecidas sobre concursos públicos, também há outras que as pessoas replicam com frequência mas, que na verdade, são mitos.
Por exemplo, uma dúvida comum é se é possível ser aprovado em um concurso público com pouco tempo de estudo.
A maioria das pessoas diria que não. Porém, o professor Marco responde: depende do background.
Alguém com muita experiência e conhecimentos de Direito Penal pode se sair bem de primeira em um concurso policial.
Ou quem tem uma boa base de Português e Matemática, pode conquistar logo uma aprovação em um concurso de Prefeitura.
No entanto, na maior parte dos cenários, conquistar a aprovação de primeira com pouco tempo de estudo é bem difícil. Porém, não impossível.
Mas, o que não pode acontecer é não estudar ou desistir porque acredita que não tem chances.
Por medo.
Ou simplesmente por pensar que tem gente estudando há muito mais tempo do que você.
Marco Ferrari divide os concursos em dois cenários.
Por exemplo, quando sai um edital, os candidatos vão estar divididos em dois grupos: aqueles que já estavam estudando e aqueles que vão começar a estudar ainda.
Os que já estavam estudando vão ter mais chances de passar.
Aqueles que acabaram de começar podem até não ser aprovados na primeira prova.
Mas, na próxima, eles serão os que estavam estudando há mais tempo, certo?
Você é o cara que tem medo hoje. Em algum momento você tem que começar, em algum momento você tem que ser o iniciante, afirma Marco Ferrari.
Vamos aos outros mitos?
Tem que ser um gênio para ser aprovado
Sem dúvida, esse é um dos maiores mitos entre os mitos e verdades sobre concursos.
Mas por que é mentira?
Além do concurso exigir diversas habilidades sem ser a genialidade – não adianta ser um gênio em uma matéria e não saber nada das outras -, passar em concurso público não é difícil.
Porém, é trabalhoso.
Não é necessário que você seja um gênio.
É necessário que você faça o seu planejamento e cumpra.
Em outras palavras, é muito mais você ser disciplinado e organizado do que propriamente um gênio.
Lembra do que falamos sobre não ter medo de começar?
Por exemplo, da sua própria experiência, o professor Marco já foi mentor de diversos alunos que começaram do zero e hoje em dia são funcionários públicos.
Além de enfrentar o medo em um primeiro momento, as palavras-chave da aprovação são disciplina e organização.
Tem que “só” estudar para concursos para ser aprovado
Outro mito sobre o preparo para concursos públicos é que, para passar, precisa dedicar-se apenas aos estudos.
Primeiro, só estudar já é muita coisa.
Segundo, o professor recomenda fazer uma reflexão.
Provavelmente, os momentos da sua vida em que você esteve mais ocupado foram os momentos que você mais rendeu, mais fez projetos, mais teve resultados e conseguiu realizar coisas novas.
Dito isso, é importante saber diferenciar ser produtivo de ser ocupado.
Ser produtivo é conseguir fazer o que precisa ser feito.
Já quando está fazendo algo como “maratonando” uma série ou uma ligação com amigos, você está ocupado, mas não está necessariamente sendo produtivo.
Ou seja, não é porque você tem mais tempo livre que terá a aprovação.
Na verdade, o que garante a aprovação não é a quantidade de tempo, e sim a organização do tempo.
“O que manda no concurso público não é a intensidade de estudo, é a consistência”, garante.
Ele compara o estudo em concursos a uma maratona: não é como uma corrida de cem metros rasos.
Aqui, ganha quem conseguir ser consistente em todo o percurso.
Estudar o máximo de horas possível
Nesse contexto, outro erro muito comum entre os mitos e verdades sobre concursos é querer estudar o máximo de horas possível.
Marco Ferrari alerta para saber diferenciar quanto tempo você tem de quão produtivo você consegue ser dentro daquele tempo.
Às vezes, o estudante está tão preocupado com isso que esquece de ter atenção à técnica de estudo e se ela está trazendo bons resultados.
Desânimo nos estudos
Não observar os resultados também pode levar ao desânimo nos estudos.
Geralmente, ele está associado a não conseguir acompanhar os próprios estudos.
Com o objetivo de evitar isso, procure sempre monitorar o seu planejamento.
Quinzenalmente, voltar-se para as questões que fez nesse período e preencher com o seu rendimento nelas.
Segundo o especialista, esta é uma forma de saber se os seus estudos e os seus métodos estão de fato rendendo bem.
Tirar uma hora para práticas de monitoramento como essa fará toda a diferença!
Além disso, ao contrário do que muitos pensam, o ciclo de estudo não precisa ser composto de horas iguais todos os dias.
Por exemplo, é normal que surjam imprevistos negativos, como um médico ou outro compromisso inadiável.
Ou imprevistos positivos, como uma reunião cancelada em que você pode usar o horário para estudar.
São pequenas variações que acontecem na vida de todas as pessoas.
É uma questão de saber encaixar os estudos na rotina, como quando você pega 15 minutos do almoço para assistir uma videoaula.
Só aí já são 1h15 a mais no seu tempo de estudo semanal!
Sono na hora da leitura
Da mesma forma, outro problema comum é o sono na hora da leitura.
Por isso, a pergunta de Marco Ferrari para quem tem esse problema é: será que você não está usando técnicas de estudo passivo quando está mais cansado?
Por exemplo, muitas pessoas deixam para ler à noite, justamente quando estão com mais sono.
Nesses casos, o mais indicado é deixar para esses horários técnicas de estudo mais ativas.
Mas o que são técnicas de estudo ativas e passivas?
O que diferencia uma da outra é o grau de esforço que você precisa fazer.
Assistir videoaulas sem fazer anotações é um método passivo.
Por outro lado, fazer questões e resumos são métodos ativos.
Não é questão de uma forma ser melhor que a outra.
Apenas depende do momento.
Se você está no transporte público e não dá para fazer anotações devido ao movimento ou não ter lugar para sentar, pode simplesmente ouvir uma videoaula.
Então, a grande sacada na hora de fazer o seu ciclo de estudo é saber reconhecer o que se encaixa melhor em cada momento do seu dia a dia.
Extra: como começar a estudar para concursos públicos?
Se depois de ler tudo isso você decidiu estudar para concurso público, mas ainda não decidiu a área, não tema.
Primeiramente, o professor Marco Ferrari recomenda começar por matérias que aparecem na maior parte dos concursos.
Por exemplo, Português, Direito Constitucional e Direito Administrativo.
Supondo que você tenha pego Português, escolha um assunto específico dentro da matéria, como crase.
Depois de escolhido o tópico, ele aconselha você a:
- Assistir uma aula
- Ler um material escrito
- Fazer questões
Muita gente acha que o básico é simples demais.
No entanto, Marco Ferrari atenta: é a partir de uma boa base que você conseguirá construir estudos e conhecimentos mais sólidos.
Por Folha Dirigida
Seja o primeiro a comentar!