Menos esforço, mais estratégia: como estudar sem se forçar
Imagina que você precisa levantar uma rocha muito pesada. Existem duas opções: aplicar uma força bruta, usando o máximo esforço para tirá-la do chão, ou desenvolver uma estratégia, como uma alavanca, para reduzir o seu esforço e melhorar o resultado.
Um erro comum de muitos estudantes é acreditar que ir além do seu limite vai, necessariamente, te fazer vencer. Acontece que, sem uma boa técnica, você vai precisar de muito mais força. E ainda nem tem uma garantia de que vai aguentar até o fim! Portanto, a questão é achar o esforço certo. Nem mais, porque se torna contraprodutivo; nem menos, porque você não evolui.
Pense em um exemplo cotidiano: se uma pessoa pretende perder peso ou ganhar músculos, é melhor passar oito horas diretas na academia ou distribuir essas horas em vários dias? Ao invés de tanto esforço, não seria mais interessante completar focando na alimentação?
Isso também vale para o vestibular. Se a sua “rocha” na vida é alcançar uma boa nota no Enem, por exemplo, estudar quinze horas, muitas vezes negligenciando seu sono, não é sinônimo direto de sucesso. Na verdade, as chances de inconsistência são grandes. A dica é ir incluindo e aprimorando estratégias!
Aprenda a deixar fluir
Para além de aprender um monte de técnicas de estudos, se você quer evoluir sem se esforçar além da conta precisa entrar em um ritmo adequado. O filósofo chinês Lao Tsu criou o conceito de “Wu Wei” para defender a importância de não forçar.
Sabe aquela voz da intuição que te diz quando é hora de fazer uma pausa nos estudos? Ou então quando você já está descansando há muito tempo e algo te manda voltar para o caderno? Escute essas sensações.
Então, muitas vezes, a solução vai ser se esforçar mais e perseverar. Mas outras vezes será o contrário: tudo bem se permitir pensar em outros assuntos, descansar e mudar de raciocínio. Deixe as coisas fluírem e se adaptarem, como diz Bruce Lee:
“Coloque água num copo, ela se torna o copo, você põe a água numa garrafa e ela se torna a garrafa. Coloque-a num pote, ela se torna o pote. Agora, a água pode fluir e colidir. Seja água, meu amigo!”