Dicas de estudo (não óbvias) para o Enem

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Estudar para o vestibular exige bastante dedicação. A pouco mais de dois meses para o Enem, é normal ficar perdido no mar de conteúdos a serem estudados. Até o tão aguardado dia da prova, são muitos meses focados em aulas, leituras, exercícios e simulados. A boa notícia é que o processo pode se tornar mais eficaz, seguindo essas dicas menos conhecidas.

Nesse contexto, é importante refletir sobre como funciona a nossa memória. “O processo de memorização é dividido em três partes: registro, codificação e recordação”, explica Paulo Jubilut, biólogo e professor no Aprova Total. “Ao assistir à aula, a mensagem é enviada para o cérebro e codificada de uma forma que, quando for necessário, pode ser recordada na resolução de exercícios. Além da vontade de estudar e da qualidade do ensino, estimular a memória potencializa o aprendizado.”

Há diversos fatores que vão determinar se aquele informação apreendida nas horas de estudo vai conseguir ser resgatada no momento da prova. Por isso, separamos aqui, junto com o professor Jubilut, dicas não-óbvias sobre o processo de aprendizagem, como você nunca viu.

1. Atrele boas emoções ao estudo

Quanto mais o aluno associar sentimentos positivos ao assunto que está estudando, maior é a probabilidade de o cérebro se lembrar do tema depois. Um exemplo: ao conectar a aprendizagem de genética à alegria, considerando que, ao compreender esse conteúdo a pessoa estará mais perto do grande sonho de se tornar um médico, será mais fácil retomar o que foi aprendido no futuro.

Isso vale também para as horas gastas estudando. Não adianta resolver começar a estudar às 5 da manhã se você odeia acordar cedo. Também não vai ser produtivo pular a janta para seguir debruçado nos livros – a fome vai tornar aquela sessão de aprendizado uma verdadeira tortura. Nesse caso, é melhor preparar uma comidinha gostosa, que te proporcione prazer, e continuar a leitura enquanto saboreia seu prato favorito. Se o momento do estudo for desagradável, você dificilmente se manterá motivado.

É por isso que professores ao redor do mundo buscam oferecer a melhor experiência possível aos seus alunos. Alguns inventam paródias, ao passo que outros contam piadas para fazer com que o conteúdo seja facilmente absorvido e relembrado pelos estudantes. Aprender não é apenas uma ação racional, mas também afetiva.

2. Coloque absolutamente tudo em prática

Às vezes, apesar de entender o conteúdo durante a aula, o estudante não se lembra de mais nada quando vai rever o material em casa. Ou, ainda, lê as anotações, mas tem dificuldade de conectar com as informações que havia absorvido durante a aula. Isso acontece porque o assunto não está sendo praticado. Uma solução para esse problema é tirar o conteúdo do mundo dos livros – e levá-los à prática.

Uma excelente maneira de fazer isso é colocar-se no papel de “professor” e dar aula sobre um assunto que você acabou de aprender a um colega ou familiar. Caso prefira, repita na sua mente, ou em voz alta para si mesmo na frente de um espelho. Uma terceira ideia é montar um grupo de estudos com amigos, em que semanalmente cada um ensina um determinado tema. Ao se preparar para esse encontro, você estará aprendendo também.

Fazer exercícios e simulados também ajuda a sistematizar um determinado assunto. Tudo isso transforma o aprendizado teórico em uma utilização prática.

3. Hora de bombar a memória

Vestibulares, infelizmente, são grandes testes de memória. Por isso, atividades focadas na memorização são úteis para ajudar a expandir a capacidade de registrar informações — além de prevenir diversas doenças cognitivas no futuro.

Há vários exercícios simples que você pode praticar, como Sudoku, palavras cruzadas e quebra-cabeças. Outras dicas são: assistir a um filme ou ler um livro e depois contar o enredo para alguém – ou então, na hora de se deitar de noite, criar o hábito de relembrar tudo o que fez no dia. Outra opção é tentar realizar cálculos mentais em vez de usar o papel ou a calculadora. Atividades extra-curriculares que também exigem o uso da memória, como aulas de teatro ou imitar dancinhas de TikTok, também são excelentes pedidas.

4. Descubra o que funciona para você

Não existe uma única forma de aprender! Para você, pode ser que seja melhor aprender lendo em silêncio e fazendo anotações. Já um colega pode preferir assistir a videoaulas e fazer mapas mentais. Outro, por sua vez, vai curtir ler em voz alta e colar lembretes na parede do ambiente de estudos para recordar quando necessário. Outros ainda, podem amar discussões em grupo.

As pessoas são diferentes, e a aprendizagem também acontece de maneiras distintas. Por isso é importante descobrir qual é o seu estilo de aprender. Converse com seus colegas e descubra como eles preferem estudar. Outra opção é acompanhar os canais de estudo, ou se conectar com study buddies. É nessa pesquisa que vão aparecer as técnicas mais adequadas para você.

5. Inunde o cérebro de endorfina, dopamina e serotonina

Entenda a atividade física, os descansos e os momentos de lazer como uma extensão da sua preparação para o Enem. São esses momentos que vão deixar o seu corpo tinindo e pronto para absorver mais informações de forma mais duradoura.

O corpo e a mente devem trabalhar juntos nessa fase de estudos. O organismo precisa estar bem alimentado, hidratado e descansado para aprender bem! Principalmente, é preciso muito cuidado com o sono, com pelo menos 7 horas de descanso de noite, para dar tempo de ocorrerem todos os processos necessários para a fixação das memórias de longo prazo. Isso também ajuda a manter a concentração ao longo do dia.

Além disso, alimentação saudável, bastante água e atividades físicas devem ser prioridades no cotidiano. Os exercícios regulares vão contribuir com a produção de neurotransmissores do bem-estar, como endorfina, dopamina e serotonina, que melhoram a motivação durante os estudos para o vestibular, diminuem o estresse e fazem o cérebro funcionar melhor.

Guia do Estudante