Anatel já estuda iniciar o desligamento do 3G no Brasil
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) lançou um novo estudo com o objetivo de iniciar o desligamento das redes 2G e 3G no Brasil. A ideia é reaproveitar as antigas frequências na expansão do 4G e 5G no país.
Atualmente, a grande maioria dos celulares no Brasil já conta com suporte ao 4G, porém, a agência reguladora busca uma forma de desligar as antigas redes de uma forma que não prejudique os usuários. Isso porque, em determinadas regiões do país (principalmente em áreas remotas, estradas rurais e em algumas rodovias), nem mesmo o 4G ainda está disponível.
Além disso, o desligamento das redes antigas pode prejudicar comerciantes e empresas de serviços que utilizam equipamentos do tipo M2M, uma vez que a maioria deles ainda usam o 2G e 3G. Esses equipamentos incluem serviços de rastreabilidade, telemetria e máquinas POS (pontos de venda) — incluindo as famosas “maquininhas de cartão”.
Por isso, na última semana, a Anatel publicou uma consulta pública para definir um plano para desligamento dessas redes.
O processo de consulta inclui uma tomada de subsídios, conduzida pela Superintendência de Outorgas e Recursos da Anatel, com a duração de 30 dias. A tomada de subsídios é uma fase preliminar em processos regulatórios que coleta opiniões e sugestões de diferentes partes com interesse no assunto. Isso inclui as operadoras de telefonia, os fabricantes de celulares, além da população em geral.
Anatel busca otimizar 4G e 5G
Com a consulta, a Anatel quer compreender melhor quais seriam os impactos ao desligar as redes 2G e 3G nos próximos anos. Além disso, o órgão também pretende reunir informações úteis para auxiliar na transição para o 5G.
A decisão de desligar as redes 2G e 3G não é apenas uma resposta da Anatel à evolução tecnológica. Segundo o órgão, desligar o 3G também é uma estratégia para alocar antenas e espectro de frequências usadas na telefonia móvel de maneira mais eficiente.
De acordo com a Anatel, os aparelhos que operam apenas em 3G são menos eficientes em termos de uso do espectro. Além disso, a manutenção da infraestrutura dessa rede pode resultar em custos significativos.
Vale destacar que o Brasil não é o único a desligar antigas redes móveis. Até o ano passado, 135 operadoras de telefonia de 68 países já tinham iniciado o processo de desligamento do 3G — incluindo os EUA.
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