Acelerar ou não? Eis a questão.
Post no Blog da Gabriela Brasil
Acelerar ou não? Eis a questão. Tá rolando uma super polêmica desde que o recurso de ‘acelerar’ ficou disponível no Whatsapp, aplicativo popular para mensagens instantâneas. Tem quem diga que é ótimo para otimizar o tempo. Tem quem aborde que é uma forma de vivermos mais acelerados.
Opiniões são opiniões e não cabe a mim de forma alguma julgar. Mas sinto que é meu lugar de fala também.
‘Aceleração do áudio’ é um recurso que existe faz tempo. Quem nunca assistiu um vídeo no YouTube acelerado? Quem nunca viu essa função no Telegram? Não é algo novo. O novo, nesse caso, é que agora está no WhatsApp. Mas o WhatsApp só adotou isso porque já é uma realidade FAZ TEMPO. Esse é um ponto.
Eu, Gabriela, costumo assistir alguns vídeos no YouTube em 1.5. Nunca me atrapalhou e, muitas vezes, me ajuda no processo de estudos. Esses vídeos são relacionados às pesquisas ou conteúdos que estou absorvendo para o meu trabalho ou algum outro interesse fora do trabalho.
Já no WhatsApp, desde que o recurso foi lançado, não usei. O motivo é simples: eu uso o WhatsApp para coisas essenciais: falar com alunos e clientes, falar com amigos e com a minha família.
A minha experiência de escuta com essas conexões é diferente, como se estivesse escutando mais de pertinho. Pense no contato presencial: no face a face não tem como ‘acelerar’ uma pessoa.
Quando mando um áudio, quero que quem esteja do outro lado possa escutar a minha voz e o meu ritmo como ele é. Gosto que a pessoa saiba que estou fazendo isso também. Respeitando o tempo da fala de cada um. Mas se quer acelerar, aí é escolha de quem escuta.
Sobre toda essa discussão que ando acompanhando, penso que não é o ‘acelerar do WhatsApp’ que nos deixa mais acelerados. Nós já estamos faz tempo. O mundo não vai parar de nos dar recursos para acelerar ainda mais.
A questão aqui é: faz sentido?
Pra mim, não faz sentido acelerar o áudio de quem é importante. Não quero ouvir minha mãe 2 vezes mais rápido, não quero ouvir minha amiga no 1.5.
É sempre uma escolha. O que podemos buscar é a consciência: você usa isso pontualmente ou pra tudo? O que você escuta na velocidade real e quem você escuta na velocidade real?
Quem decide se vai correr ou não é você. Isso por si só diz muita coisa.
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