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Vida extraterrestre: descoberta pode mudar busca

Um grupo de pesquisadores fez uma descoberta sobre algumas pequenas estrelas que podem mudar como procuramos por vida alienígena. O campo magnético delas são incrivelmente fortes, de forma que podem não ser hospedeiras ideais para mundos habitáveis.

A pesquisa sugere que esses inesperados campos magnéticos surgem em torno de estrelas pequenas e frias que inicialmente começam tendo sua superfície e núcleo girando na mesma velocidade, e com o tempo acabam ficando fora de sincronia.

Até então, os astrônomos consideravam que em estrelas com massas inferiores ao do Sol o magnetismo trabalhava da mesma forma, independente se elas giravam mais ou menos rápido. Assim foi teorizado que estrelas pequenas possuíam campos magnéticos fracos.

No entanto, a partir da análise de manchas estelares em 136 estrelas do aglomerado Beehive, ou Messier 44 (M44), localizado a 610 anos-luz da Terra, os pesquisadores conseguiram caracterizar suas atividades magnéticas. A análise revelou que eles eram mais fortes do que o esperado.

Estamos encontrando evidências de que existe um tipo diferente de mecanismo de dínamo que impulsiona o magnetismo dessas estrelas. A próxima coisa a fazer é verificar se o magnetismo aprimorado ocorre em uma escala muito maior. Se pudermos entender o que está acontecendo no interior dessas estrelas à medida que elas experimentam o magnetismo aprimorado, isso levará a ciência a uma nova direção.

Lyra Cao, líder da pesquisa e graduanda de astronomia, em resposta a Spce.com

Novo rumo para buscas alienígenas

Essa descoberta, no entanto, muda completamente os rumos da caçada por vida alienígena. Atividades magnéticas fracos sugerem que as estrelas possuem mais chances de hospedar exoplanetas habitáveis, mas o forte magnetismo recém descoberto nessas pequenas estrelas, pode mudar as coisas.

Um campo magnético forte, está geralmente acompanhado de altas taxas de radiação liberada nos arredores da estrela e que podem durar por bilhões de anos. Essa atividade mortal, ao atingir os planetas, pode acabar com a possibilidade de vida no local, evaporando a água líquida e impedindo a formação de moléculas orgânicas complexas, os principais ingredientes para o surgimento da vida.

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