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Unicamp: como se dar bem nas questões discursivas da segunda fase

A segunda fase da Unicamp 2023 acontece nos dias 11 e 12 de dezembro – ou seja, já no próximo domingo e segunda-feira!

Faltando poucos dias, não há muito o que fazer em termos de estudo além de uma rápida revisão, mas é possível garantir um bom desempenho focando na estratégia de resolução das questões. Esqueça tudo o que você viu até aqui sobre quais matérias resolver primeiro, como “chutar” do jeito correto ou como aproveitar o tempo de prova: na segunda fase, as regras são outras.

Diferentemente da primeira, dessa vez as respostas serão em formato discursivo. Ou seja, você terá que escrever e desenvolver um raciocínio, ou ainda mostrar o passo a passo de como chegou a uma resposta, caso seja uma questão de exatas.

Para te ajudar a entender as características de questões discursivas da Unicamp e, a partir daí, desenvolver uma estratégia mais eficiente para esta etapa, o GUIA DO ESTUDANTE conversou com Madson Molina, coordenador do curso Anglo. Ele reuniu algumas dicas de como proceder diante das dúvidas mais comuns dos estudantes quando o assunto é segunda fase.

A segunda fase da Unicamp

Para começar, vamos falar sobre as peculiaridades dessa prova. Madson explica que a segunda fase da Unicamp possui duas características específicas. A primeira delas é que as questões dissertativas exigem uma leitura muito mais atenta do texto do que uma identificação de conteúdo pré-adquirido pelo candidato. “Se o aluno faz uma boa leitura [do enunciado], ele consegue identificar a resposta.” Ou seja, é preciso uma boa dose de interpretação.

A segunda característica é que a prova da Unicamp gosta de trabalhar com diversos tipos de gêneros textuais: sejam eles verbais, não-verbais, gráficos, tabelas, poemas, letras de música e daí por diante. Por isso, é importante estar muito atento às suas múltiplas interpretações e significados, para realizar uma leitura correta de cada um deles. Eventualmente, pode ser solicitado que o estudante interprete todas essas ferramentas ao mesmo tempo durante a prova.

Abaixo, separamos algumas dicas para o estudante se sair tão bem na segunda fase quanto foi na primeira. Confira!

Quantas linhas devo escrever?

O edital da Unicamp não especifica o número de linhas que a resposta dissertativa deve ter na segunda fase, até porque algumas respostas serão dadas através de cálculos, gráficos ou desenhos, como no caso das questões das matérias de exatas. “O importante é que o aluno lembre de mostrar toda a sua resolução dentro daquele espaço, mas sem se preocupar muito com o formato”, esclarece Madson.

Além disso, outro fator de interferência no tamanho da resposta é comando da questão, e é essencial que o candidato esteja atento neste sentido. Os comandos são, basicamente, o que o enunciado está pedindo que você faça. Alguns exemplos são: cite, enuncie, descreva. Para a banca avaliadora, é fundamental que a resposta esteja de acordo com o que é pedido. Alguns comandos serão mais simples e, portanto, as respostas poderão ser mais breves. Mas em outros casos, o comando exigirá uma formulação maior do candidato.

Fazer rascunho ou escrever direto à caneta?

Sem preguiça: vale a pena fazer o rascunho, sim. Durante o momento de transcrição da resposta a lápis para caneta o estudante exerce ativamente a releitura do que escreveu e, com isso, consegue melhorar ainda mais a qualidade de sua resolução.

Outro ponto importante é que, ao construir sua resposta primeiro a lápis, o aluno é capaz de simular o espaço que a resolução tomará no caderno de respostas e, caso não caiba, ele sabe que precisará reformular o que escreveu de maneira mais sucinta.

Pode rasurar a resposta?

Ao escrever, é normal que a gente escorregue na grafia de alguma palavra ou decida mudar determinada construção no meio do caminho. No caso das questões dissertativas dos vestibulares também não tem problema se isso acontecer. “Basta que o candidato faça um risco por cima e, se quiser, também coloque entre parênteses a palavra errada. O próprio corretor vai identificar que foi uma falha e não vai comprometer a nota final”, explica o coordenador do Anglo.

O que fazer com os cálculos nas provas de exatas?

Para as questões que exigem cálculo, não é necessário deixar no caderno de respostas todas as contas usadas para encontrar a resposta final, segundo Madson. Afinal, o corretor não precisa ver cada subtração ou adição que você precisou utilizar.

“Basta que o candidato siga um caminho: mostrar a equação ou fórmula utilizada, substituir os valores das incógnitas, e apenas apresentar o resultado numérico final. Lembrando que, se for alguma grandeza, deve-se colocar as unidades de grandeza juntas.”

Se não souber a resposta, vale a pena “chutar” ou é melhor deixar em branco?

Nossa mente não é de ferro, e, em alguns casos, podemos esquecer a resposta exata de alguma questão – mesmo que tenhamos estudado o conteúdo ao longo do ano. Na primeira fase, você provavelmente chutaria a resposta, assinalando a alternativa que lhe parecesse mais correta. Mas e na segunda etapa, será que vale a pena improvisar algum tipo de resolução ou é melhor simplesmente deixar em branco?

Para Madson, com certeza vale a pena o improviso, especialmente se o candidato tem uma vaga noção do tema tratado. “Caso o candidato não saiba a resposta exata da pergunta, mas tenha uma noção do assunto, vale a pena ele formular uma resposta e escrever o que pensa em relação à resolução.”

Segundo o professor, com essa estratégia o candidato tem chances de ganhar ao menos uma parte da nota, enquanto se ele opta por deixá-la em branco vai zerar aquela questão. E mais: apesar de não pontuar, ninguém é penalizado por escrever uma resposta completamente errada.

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