Deixar a IA (inteligência artificial) responsável pela busca das melhores opções de casas e apartamentos do mercado não está tão distante assim: o Zillow, app criado nos EUA para a busca de anunciantes imobiliários e potenciais compradores, lançou um novo plug-in no ChatGPT.
A ferramenta procura (sozinha) qual a melhor oferta de imóvel a partir das preferências do consumidor. Ao ativar o plug-in, os usuários dizem que tipo de propriedade querem comprar ou alugar, além de detalhes como preço e localização.
Também é possível detalhar as expectativas para o novo ambiente, como número de quartos, vagas de garagem e presença de móveis, por exemplo. A partir disso, o ChatGPT começa uma busca no banco de dados do Zillow até encontrar os modelos de casas perfeitos (ou quase).
A novidade chama a atenção para o potencial de IA daqui para frente. O ChatGPT entrou no mercado em novembro de 2022 e abriu caminho para outros chatbots ultra responsivos que não param de chegar.
Por enquanto, o plug-in está em fase de testes alfa e disponível para um número pequeno de usuários. A ideia é ampliar o acesso em breve, disse a empresa, que lançou em janeiro próprio recurso de “pesquisa em linguagem natural”.
“A IA generativa está mudando a maneira como as pessoas buscam informações”, disse David Beitel, CTO da Zillow, em comunicado. “Entendemos seu imenso potencial e esperamos desenvolver mais inovações tecnológicas com a tecnologia OpenAI no futuro”.
IA avança
Deixar o ChatGPT responsável pela busca de casas ou apartamentos está longe do extraordinário. Iniciativas que deixam o “trabalho pesado” para robôs são cada vez mais populares e já despertam o debate sobre os limites de bots nas instituições de ensino e trabalho.
Plataformas que surgem aos montes todos os dias já possibilitam fazer reservas em restaurantes sem sair do navegador, a tradução simultânea sem a ajuda de intérpretes e até a criação de anúncios em vídeo que, apesar de bizarros, são o próximo passo para a geração automática de conteúdo.
A popularização da IA também deve transformar o mercado. A IBM estuda substituir parte dos funcionários administrativos por esses sistemas, enquanto surge uma nova profissão: o “professor” de ChatGPT.
Isso sem contar no impacto nos direitos autorais, como a música da Beyoncé que ganhou uma “interpretação” da Rihanna gerada por IA; e satélites chineses governados única e exclusivamente por bots. O próximo passo são os AutoGPTs, plataformas que prometem cumprir tarefas inteiras com um único comando.