A história por trás das múmias alienígenas apresentadas pelo ufólogo e jornalista Jaime Maussan no Congresso do México na semana passada ganhou um novo capítulo ainda mais absurdo. Os restos mortais dos alienígenas teriam sido encontrados em minas na cidade de Cusco, no Peru, e datam de cerca de mil anos atrás. Agora, o médico forense da Marinha do México e parte da equipe de Maussan, José de Jesús Salce Benítez, alega que um dos alienígenas estava cheio de ovos quando foi encontrado.
Quando apresentados no México, os alienígenas viraram assunto nas redes sociais. A comunidade científica apontou que as múmias provavelmente são falsas devido à falta de informações sobre os achados e o histórico de Maussan, anteriormente conhecido por apresentar evidências fraudulentas sobre a existência de extraterrestres.
Além disso, durante a conferência na semana passada, o ufólogo apontou que análises de DNA das múmias alienígenas realizadas pela Universidade Nacional Autônoma do México indicaram que os corpos não eram humanos. Em nota, a instituição apontou que foi realizada apenas uma datação de carbono dos restos mortais e que não se responsabiliza por qualquer uso, interpretação ou distorção de qualquer informação emitida por ela.
Estudos não divulgados
As novas alegações sobre as múmias alienígenas feitas pelo médico forense foram realizadas em live no canal do YouTube da Maussan TV no dia 18 de setembro. Durante a transmissão, o médico avaliou as tomografias computadorizadas e radiografias realizadas pela equipe de Maussan e apontou que os extraterrestres possuíam um “esqueleto único que não estava unido a outras peças”, e que elas eram um “ser orgânico completo”.
Benítez ainda alegou que as múmias alienígenas não possuíam marcas de alterações e manipulações corporais, como fragmentos de colas e fraturas que sustentassem as acusações de fraude. Sobre as estruturas no interior de um dos extraterrestres, ele apontou não saber ao certo se são, mas sugere que seja algum tipo de óvulo.
Chegamos ao abdômen onde se observarmos esses pedaços que parecem ou podem ser ovos, nos deparamos mais uma vez com um corpo que se tivesse sido modificado post mortem, teria uma série de alterações que seriam visíveis nesses estudos. Não tendo encontrado nenhuma dessas características post mortem, estamos determinando que se trata de um organismo que estava vivo, estava intacto, era biológico e estava em gestação.
Essas alegações, no entanto, não convenceram a comunidade científica. David Spergel, cientista líder do grupo de estudos da NASA sobre fenômenos anômalos, em resposta para a BBC, questiona o motivo dos estudos e as amostras de dados sobre as múmias alienígenas realizado pela equipe de Maussan não terem sido disponibilizadas para exame público e avaliação por pares.
Quando encontramos coisas incomuns, queremos tornar os dados públicos. Se eu fosse o governo mexicano, minha recomendação seria: se você encontrou algo estranho, torne as amostras disponíveis para a comunidade científica mundial e veremos o que há lá. David Spergel
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