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Instituto vai desenvolver tecnologia para criação de colônia humana em Marte

O estabelecimento de colônias humanas em Marte não parece mais apenas ficção científica. Mas ainda há alguns desafios para que isso possa, de fato, se tornar realidade. Um deles, talvez o principal, é a necessidade de criação de uma tecnologia que permita longas estadias na superfície do Planeta Vermelho. Foi por isso que a Mars Society, organização sem fins lucrativos dedicada à exploração humana em Marte, anunciou a criação do Mars Technology Institute (MTI).

Marte oferecerá os recursos necessários

O MTI se concentrará no desenvolvimento de tecnologias para tornar o possível a criação de assentamentos no planeta. O presidente da Mars Society, Robert Zubrin, explica que os materiais necessários já estão em Marte. O que falta é a criação de métodos para transformar esses recursos em cimento, vidro, tecidos e plásticos, por exemplo. A superfície do planeta ainda poderá oferecer materiais que serão transformados em combustível, oxigênio e até comida para os astronautas. As informações são da Space.com.

Colônia humana depende de três necessidades fundamentais

A Mars Society sugeriu que há três necessidades fundamentais para a criação de uma colônia em Marte: mão de obra, terras agrícolas e fontes de energia.

A primeira delas pode ser superada com o desenvolvimento de robôs e tecnologias automatizadas, bem como da inteligência artificial para operar os sistemas fora da Terra.

A falta de combustíveis fósseis em Marte e a escassez de água líquida para impulsionar a energia hidrelétrica, bem como oportunidades limitadas para energia solar e eólica, significam que os assentamentos de Marte terão que depender de usinas nucleares de fissão, ou, se a tecnologia se provar viável na Terra, energia de fusão.

Para lidar com a falta de terras no Planeta Vermelho para a agricultura, os cientistas poderiam se concentrar em biotecnologia, incluindo engenharia genética e produção microbiana de alimentos, bem como sistemas agrícolas avançados, como aquaponia e biologia sintética.

Embora o conselho consultivo da MTI já tenha recrutado um grupo de 12 especialistas nas áreas de biotecnologia, inteligência artificial e tecnologia avançada de energia nuclear, a Mars Society sugeriu que, uma vez estabelecida para seus esforços iniciais, a MTI deveria primeiro concentrar seus esforços na biotecnologia. Isso porque esses projetos poderiam ser lançados com um apoio financeiro menos considerável do que algo como a pesquisa nuclear avançada exige.

Como funcionaria a MTI

A Mars Society disse que a MTI não teria fins lucrativos e buscaria financiamento por meio de doações dedutíveis de impostos. Além disso, o dinheiro necessário poderia vir por meio de investimentos, receitas de licenciamento de propriedades intelectuais, dividendos de empresas e contratos de pesquisa e desenvolvimento com empresas governamentais e privadas.

Se o MTI realmente sair do papel, o instituto conduzirá sua pesquisa a partir de um campus central, cuja localização ainda não foi decidida. Além disso, alguns projetos poderiam ser terceirizados para outras empresas e institutos acadêmicos.

O MTI também poderia fornecer fundos para voluntários que propõem projetos de pesquisa que são confiáveis e que estão dispostos a realizar de forma gratuita. Este modelo é atualmente empregado pela Mars Society em estações de pesquisas analógicas e competições de rover.

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