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Fuvest 2024: como mudança da 2ª fase para dezembro impacta a preparação?

A Fuvest divulgou o calendário completo para o vestibular 2024 da USP (Universidade de São Paulo) e trouxe uma novidade: nesta edição, a segunda fase será realizada ainda em dezembro e não em janeiro do ano seguinte, como ocorria em edições anteriores.

À primeira vista, a mudança pode gerar apreensão, já que significa menos tempo de preparação para a segunda etapa. Mas é preciso manter a calma: tudo pode ser resolvido recalculando um pouco a rota!

O GUIA DO ESTUDANTE conversou com Madson Molina, coordenador do Curso Anglo, que explicou as vantagens e desvantagens da antecipação e deu dicas para organizar a rotina de estudos. Confira:

Desvantagens

Para entender uma das desvantagens dessa mudança na Fuvest, vale lembrar que, no ano passado, a Unicamp também optou por essa antecipação e a primeira e a segunda etapa do vestibular foram realizadas em novembro e dezembro, respectivamente.

Como a mudança da Unicamp se manteve para este ano, o vestibulando que decidir prestar as duas provas (Fuvest e Unicamp) vai ter um mês de dezembro bem “puxado”, principalmente aos fins de semana. Veja o calendário das instituições:

Fuvest 2024

Primeira fase: 19 de novembro
Segunda fase: 17 e 18 de dezembro

Unicamp 2024

Primeira fase: 29 de outubro
Segunda fase: 3 e 4 de dezembro

Uma segunda desvantagem é que o ano letivo terá três semanas a menos de preparação para essa segunda fase em comparação ao cenário anterior, quando a etapa era realizada em janeiro. Logo, os estudantes perdem um tempo precioso de estudos.

Por fim, a decisão gera uma certa sensação de insegurança, por ser uma mudança em um ano letivo que já se iniciou. Alguns candidatos já organizaram suas rotinas e se planejaram para um calendário diferente. Olhando de fora, pode parecer algo pequeno, mas em um ano de tanto estresse, cobrança, foco e dedicação, mudanças têm potencial de abalar o emocional dos candidatos.

Vantagens

Em contrapartida, também é possível identificar alguns pontos positivos nessa antecipação.

O primeiro: o resultado deve ser antecipado. Com a realização da Fuvest no meio de dezembro, a expectativa é que a lista de aprovados saia no meio de janeiro, diminuindo um pouco o tempo de ansiedade e expectativa dos estudantes.

Outro ponto vantajoso é que, em dezembro, o vestibulando terá um mês totalmente focado nos vestibulares. Isso porque quando a segunda fase da Fuvest acontecia em janeiro, eventualmente as festas de fim de ano, Natal, Ano Novo e viagens com a família poderiam atrapalhar a preparação e desviar o foco para esse processo tão competitivo.

E a terceira vantagem é justamente que os vestibulandos poderão aproveitar o Natal, o réveillon e viajar sem esse ônus mental e a cobrança de que o ano letivo ainda não acabou por conta das segundas fases.

A nota de corte vai cair?

Menos tempo de preparação deve impactar a nota de corte dos cursos? Segundo Molina, provavelmente não. A primeira justificativa é que os estudantes se preparam por meses. Três semanas é pouco tempo quando comparado a um ano.

O segundo ponto é o comparativo com a Unicamp. Apesar da mudança no ano passado, não houve uma alteração significativa nas notas.

Impactos na preparação

Em termos práticos, o ano letivo do vestibulando vai se encerrar de fato ao fim de dezembro. Então, todas as janelas e oportunidades, como férias e feriados, devem ser muito bem aproveitadas para a preparação do vestibulando. “Ele vai ter menos dias em que pode se dar o luxo de ter só descanso, porque agora temos um ano mais ‘fechado’”, explica o coordenador do Anglo.

Um ponto que pode preocupar os estudantes que vão prestar outros vestibulares é entender como conciliar o treino com questões dissertativas, cobradas nas segundas fases, e testes, cobrados normalmente nas primeiras fases.

Mas isso não precisa ser motivo de apreensão. Um vestibulando que se prepara desde o início do ano para grandes vestibulares, como Fuvest, Unicamp e Enem já deve ter no seu “pacote de preparação” a execução de questões teste e de questões discursivas. Então, essa proximidade das provas de primeiras e segundas fases de diferentes instituições não deve gerar tanta interferência, afinal, o conteúdo é o mesmo, o que vai mudar é o formato.

Ou seja, é importante não esquecer de colocar na sua rotina ao longo de todo o ano a resolução de questões discursivas — principalmente pensando na segunda fase da Fuvest, já que cada carreira tem, no seu segundo dia, a resolução de questões discursivas de matérias específicas.

Guia do Estudante

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