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Como é corrigida uma questão de segunda fase da Fuvest

Diferentemente da primeira fase da Fuvest, em que a correção se dá por um gabarito único, na segunda etapa o processo de verificação das respostas é mais complexo. Isso pode gerar insegurança entre os estudantes, já que não fica tão evidente o que será ou não considerado na hora da correção de uma questão.

A pedido do GUIA DO ESTUDANTE, a Fuvest contou como são formulados os critérios de correção na segunda fase, que envolve diversas etapas. Primeiro, a banca avalia um conjunto de questões escolhidas aleatoriamente. O objetivo é identificar outros caminhos interpretativos além do esperado por quem elaborou o item. Só então começa de fato a elaboração dos critérios de correção.

A fundação afirma que, após ter os parâmetros definidos, a correção é feita de maneira uniforme para todas as provas, garantindo aos candidatos a igualdade de condições.

Pela primeira vez, a Fuvest vai divulgar as respostas esperadas pela banca em cada uma das questões da segunda fase, junto com a lista dos aprovados que sai em 30 de janeiro. A correção vai permitir que os candidatos entendam melhor qual era o caminho de resolução esperado pela banca no momento em que os itens foram elaborados. No entanto, como a própria Fuvest explicou, trata-se de uma das possibilidades. No final das contas, são pontuados todos os candidatos que responderam, de maneira clara, a informação solicitada pelo enunciado.

Confira mais dúvidas respondidas pela Fuvest!

GUIA: Se parte do raciocínio do estudante estiver correta, mesmo que o número ou resposta final não esteja certa, a banca considera e dá alguma pontuação? Como funciona a nota nesses casos?

Fuvest: Ao contrário das questões objetivas da primeira fase, em que se considera apenas a resposta final, a segunda fase do vestibular tem como objetivo avaliar também o raciocínio e a capacidade argumentativa dos candidatos. Para isso, não se pode pontuar apenas o resultado correto, mas é importante que se considere o caminho que se usa para chegar ao resultado que o candidato acabou por apresentar.

A metodologia de avaliação varia, assim, de acordo com cada questão, mas, de forma geral, a correção tenta separar aqueles candidatos que não chegaram ao que foi pedido no exercício, e, portanto, não recebem qualquer pontuação para aquele item, daqueles que formularam parcialmente suas respostas, recebendo pontuação parcial para o item, e também daqueles que formularam de forma adequada e completa suas respostas, e que, portanto, recebem a pontuação total para o item.

GUIA: Então é melhor sempre tentar responder do que deixar em branco, mesmo que não alcance o resultado final completo?

Fuvest: Caso o candidato consiga formular parcialmente a resposta sobre o tema, mesmo que não sabendo a resposta completa, ele poderá ter pontuação parcial. Neste caso, esse candidato deve ser estimulado a tentar formular sua resposta. No entanto, caso o candidato não saiba a resposta ou não consiga formulá-la adequadamente, na direção pedida pela questão, não adianta escrever, pois não receberá a pontuação.

GUIA: Em questões mais interpretativas e que exigem o pensamento crítico do candidato, é possível ter mais de uma resposta correta? Como a banca lida com isso?

Fuvest: O vestibular da Fuvest é a principal porta de entrada para a graduação na Universidade de São Paulo e deve refletir o perfil de alunos desejados pela universidade. A USP é uma instituição de ensino e de pesquisa que valoriza a pluralidade de visão e de opiniões, desde que sustentados pelo conhecimento existente. Assim, o vestibular da Fuvest caminha na mesma direção e se preocupa muito em englobar, em seus critérios de correção, essa heterogeneidade de visões.

As bancas de correção do vestibular fazem um trabalho muito cuidadoso na formulação dos critérios de correção, que envolve diversas etapas. Antes de fixar os critérios, a banca tem uma etapa de correção teste, em que avalia um conjunto de questões escolhidas aleatoriamente. Essa etapa visa também identificar outros caminhos interpretativos além do esperado pela banca elaboradora da questão.

Esses demais caminhos são considerados e incluídos na próxima etapa, a de elaboração dos critérios de correção. Fechando essa etapa, o critério é definido e aplicado de maneira uniforme a todas as provas que a banca corrige, dando igualdade de condições a todos os candidatos. 

GUIA: Erros gramaticais comprometem a pontuação dos estudantes nas questões discursivas?

Fuvest: Isso pode variar, dependendo dos critérios de correção das bancas para aquela questão específica. É preciso ressaltar que a Fuvest entende que o vestibular é um momento de grande pressão sobre os candidatos e que isso pode resultar em alguns erros pontuais, mas que não comprometem a compreensão da ideia que o candidato deseja passar. Nesses casos, as bancas evitam a redução da pontuação de candidatos com erros pequenos, fruto de nervosismo ou distração, procurando valorizar o conhecimento contido na resposta.

Por outro lado, erros de escrita que comprometam o entendimento da questão ou que prejudiquem a compreensão dos conceitos centrais envolvidos naquele item são considerados pelas bancas, podendo resultar em perda de pontuação.

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