Confira essas dicas valiosas sobre como começar um ciclo de estudos para concurso, publicadas no Blog da Folha Dirigida.
Assim que começa a buscar materiais de preparação, o futuro servidor se depara com a ideia de montar um ciclo de estudos para concurso. Já sabe como montar o seu?
Segundo o professor Marco Ferrari, o ciclo de estudo para concurso é um tópico extremamente importante e a base para sua aprovação. “Não tem como você pensar em estudar para concurso público sem montar um ciclo de estudos”, afirma.
Para dominar o seu jeito de estudar, não é tão interessante depender de um ciclo de estudos para concurso pronto. Mas sim compreender como montar o seu próprio ciclo, conhecer o básico para, aí sim, saber o que pode funcionar de acordo com suas necessidades.
Diferença entre plano e ciclo de estudo para concurso
Antes de tudo, é preciso saber que o ciclo de estudo para concurso é diferente do plano de estudos. No plano, o futuro servidor coloca em quais horários do dia pretende estudar. Já no ciclo, quais matérias pretende estudar.
Ou seja, o plano dá com exatidão o momento para estudar cada disciplina. Ao todo, proporciona uma visão geral da semana, com as cargas horárias de estudo e os espaços na agenda para outras atividades.
O ponto positivo do plano de estudos é que ele funciona muito bem para pessoas com rotinas mais fechadas. Por outro lado, para quem muda muito a rotina, pode tomar tempo demais estar sempre reajustando o plano.
Como começar um ciclo de estudos para concurso?
Como o próprio nome diz, o ciclo de estudo para concurso consiste em organizar as matérias de forma que você esteja sempre voltando para a primeira ao chegar na última. Por isso o nome de ciclo.
Uma das principais vantagens é a flexibilidade. Por exemplo, você sabe que, de acordo com o seu ciclo de estudo para concurso, que a próxima matéria a ser estudada é Matemática. Mas, o horário que irá estudar é ajustável dentro da sua rotina.
Portanto, o que importa não é o quando você vai estudar, mas sim a carga horária desse estudo. Ou seja, você saber que, na próxima hora que tiver para estudar, pegará determinada matéria.
Para organizar ciclo e plano de estudos, a dica do professor Marco é, todo domingo, pegar o seu ciclo e encaixar no planejamento da sua semana.
Inclusive, uma outra vantagem que ele reconhece no ciclo é ele ser mais vivo do que o plano. Conforme você percebe sua evolução, pode reservar mais ou menos tempo para as disciplinas que acredita que precisa de mais ou menos estudos.
Além disso, reconhecer onde já chegou em um ponto de apenas revisar determinado assunto.
Uma coisa que Marco Ferrari costumava fazer era um ciclo de tarefas. Para isso, ele listava as obrigações que tinha de cumprir.
Embora não soubesse quando, tinha consciência de que, no momento em que tivesse um horário livre, já saberia por qual atividade começar.
Como fazer um ciclo de estudos para ser aprovado?
No entanto, o professor garante que o que determina a aprovação não é o material de base. Afinal, saber a parte teórica da disciplina é o mínimo.
Portanto, a preocupação do estudo base é com o entendimento da teoria. Por esse motivo, ele é composto por videoaulas e PDFs e, como o próprio nome diz, corresponde apenas à base da preparação.
O grande diferencial e que leva à aprovação são as revisões. Portanto, são elas que vão garantir que a memória de curto prazo, quando você tem o seu primeiro contato com os conteúdos, virarão memórias de longo prazo, no sentido de que você carregue elas até a prova.
Para isso, o professor Marco indica que, em uma hora de estudo, você dedique 40 minutos a esse conhecimento de base. Em seguida, resolva questões sobre o conteúdo aprendido.
Com esses exercícios, construir uma ficha-resumo com as suas próprias palavras, contendo os temas que aparecem mais e menos, além de eventuais dúvidas.
Em conclusão, o que fará diferença não é a quantidade de horas de aulas assistidas. Mas sim o conteúdo que você absorveu.
Como incluir as revisões no ciclo de estudos para concurso?
Para incluir as revisões, a dica do professor Marco é sempre reservar entre 10 e 20 minutos da hora de estudo para a resolução de exercícios.
Conforme resolver as questões, marque de verde as que teve facilidade, de amarelo as que teve dúvidas e de vermelho as que não entendeu absolutamente nada.
Dessa forma, na hora de fazer a sua revisão, focará justamente na parte do conteúdo em que teve dificuldade. Ou seja, as questões amarelas e vermelhas as quais, por algum motivo, o seu cérebro teve dificuldade em absorver aquele conteúdo.
Nunca deixar para compensar no dia seguinte
Na sua cabeça, o seu eu do futuro é perfeito. Na segunda-feira você começa a dieta, começa a estudar, começa a frequentar a academia, etc.
Mas você já parou para pensar que esse eu do futuro é tão perfeito justamente porque ele não existe?
Portanto, não adianta adiar os estudos, pensar que no dia seguinte você pega para estudar uma hora a mais para compensar.
Nas ocasiões em que se sentir cansado, a dica do professor Marco é realmente parar e descansar. E no dia seguinte, não ter essa ideia de compensar, mas sim fazer o que já estava planejado.
Segundo o especialista, essa ideia de compensação é amiga íntima da autossabotagem. Por consequência, ao estar sempre deixando para depois, você educa o seu cérebro para acreditar que não é capaz.
É normal ter dias bons e ruins. Na sua rotina de ajudar alunos se preparando para concurso, Marco Ferrari está acostumado a ouvir dos alunos que tem dias que não conseguem nem olhar para uma apostila.
Em vez de procurar compensar, a dica é perceber os padrões dos dias bons e tentar repeti-los. Além disso, procurar sempre ter um espaço vazio no seu plano.
Assim, caso passe por isso naquela semana, pode preencher com que não conseguiu cumprir dentro do planejado.
Em resumo, um bom planejamento é a melhor forma de construir uma parte do todo da sua preparação.
O fracasso é o caminho do sucesso
Nesse sentido, muitas pessoas que se propõem a estudar para concurso desistem na primeira dificuldade. No entanto, o fracasso não deve ser um motivo para desistir. Mas sim um degrau para o sucesso.
Por exemplo, ao assistir às aulas que dava em 2013, quando começou, Marco Ferrari percebe o quanto evoluiu. E, principalmente, que precisou errar há 7 anos para chegar em 2021 onde está. Em outras palavras, aprendeu com os próprios erros.
Portanto, os dias ruins também fazem parte da sua preparação. São eles que lhe trarão lições para técnicas de estudo mais fluidas. Em suma, na prática você vai aprendendo quais são os seus melhores horários, a encaixar as piores disciplinas nessas horas e por aí vai.
Nesse contexto, o professor Marco divide o seu eu em quatro partes:
- Passado
- Presente
- Futuro acontecido
- Futuro desejado
Além de conviver com as suas escolhas do passado e com quem é hoje, você anda com o seu eu do futuro acontecido, aquele que será se nada para mudar hoje, e o eu do futuro desejado, com uma melhor postura, salário, a vida que sempre sonhou etc.
Diante desse cenário, a dica do professor Marco é, ao acordar em dias ruins, sempre se perguntar: que eu quero ser hoje?
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