Os primeiros resultados da busca por sinais de vida alienígena realizados pelos cientistas do Breakthrough Listen e da Colaboração VERITAS, de telescópios, foram divulgados, e apesar de não ser o que esperavam, os dados foram uma prova de conceito da tecnologia utilizada.
Os primeiro passos da pesquisa começaram em 2018, quando o Breakthrough Listen fechou uma parceria com o Very Energetic Radiation Imaging Telescope Array System (VERITAS), rede de telescópios terrestres usada para coletar raios gamas vindos do céu.
Esses telescópios possuem o espelho com montagem semelhante ao do James Webb e enxergam em luz visível. Mas sua utilização, no entanto, é feita para identificar um tipo específico de luz no céu, as Cherenkov, que se formam quando raios gamas atingem a atmosfera terrestre.
Na busca por sinais de vida inteligente, o objetivo era procurar pulsos ópticos de nanossegundos, que poderiam indicar que se tratava de vida alienígena. Para identificar esses pulsos, foram usados simultaneamente os quatro telescópios que compõem o VERITAS, a fim de descartar falsos positivos.
Se essas tecnoassinaturas fossem encontradas, o brilho deveria durar apenas alguns nanosegundos e poderia ofuscar qualquer estrela na mesma direção.
Buscando sinais em meio às estrelas
Entre 2019 e 2020, os pesquisadores observaram o céu noturno procurando por pulsos que foram emitidos até 1000 anos-luz de distância da Terra. Assim eles estiveram observando estrelas localizadas nesse perímetro que potencialmente poderiam ter algo interessante a ser visto.
Foram escolhidas 136 estrelas, e os telescópios foram apontados para elas por cerca de 15 minutos cada, totalizando mais de 30 horas de observação. Os pesquisadores não encontraram sinais de vida alienígena, mas mostraram como outras buscas com raios gamas podem ser realizadas no futuro.
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