Autonomia versus paternalismo: Encontrando o equilíbrio entre os direitos do paciente e o dever do médico

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Um dos principais desafios enfrentados pelos profissionais de saúde é equilibrar o direito do paciente de tomar decisões informadas sobre seu tratamento com o dever do médico de agir no melhor interesse do paciente. Esse conflito pode surgir em diferentes situações, desde a escolha do tratamento até a decisão de encerrar ou continuar com a assistência médica. Mas qual é a abordagem ética correta?

De um lado, a autonomia do paciente é um princípio fundamental na relação médico-paciente. Os pacientes têm o direito de serem informados sobre sua condição de saúde, os riscos e benefícios de diferentes opções de tratamento e de tomar suas próprias decisões com base nessas informações. A autonomia é protegida por leis e diretrizes éticas, como o consentimento informado.

Por outro lado, o paternalismo médico é baseado na crença de que os médicos são os especialistas em saúde e devem tomar decisões no melhor interesse do paciente, mesmo que isso signifique limitar a autonomia do paciente. Essa abordagem é justificada em situações em que o paciente não está em condições de tomar decisões informadas ou quando as decisões do paciente podem colocá-lo em risco.

No entanto, o paternalismo médico pode ser visto como uma violação do direito do paciente à autonomia e pode levar a decisões não desejadas ou prejudiciais. Por outro lado, a ênfase na autonomia pode levar a decisões arriscadas ou prejudiciais por parte do paciente, especialmente quando o paciente não tem o conhecimento necessário para tomar uma decisão informada.

Encontrar o equilíbrio entre a autonomia e o paternalismo é essencial para garantir que o paciente receba o melhor tratamento possível. Os profissionais de saúde devem considerar cuidadosamente a condição e as circunstâncias do paciente e fornecer informações claras e precisas sobre as opções de tratamento disponíveis. Eles devem ajudar o paciente a tomar uma decisão informada, respeitando sua autonomia, mas também considerando o que é melhor para o paciente.

Em conclusão, o conflito entre a autonomia e o paternalismo é uma questão complexa na área da saúde. Os profissionais de saúde devem ser sensíveis às necessidades e preferências do paciente e equilibrar cuidadosamente a autonomia do paciente com o dever de agir no melhor interesse do paciente.

E você, qual é sua opinião sobre esse dilema ético-jurídico? Como profissional de direito ou hipoteticamente de saúde, como você equilibraria a autonomia do paciente com o dever de agir no melhor interesse do paciente?